RESENHA: A HORA DA ESTRELA

  Hoje vou comentar sobre a tão aclamada obra de Clarice Lispector: A hora da estrela. Ultimo livro da autora antes de sua morte.
   Sou fã, admiradora e seguidora de Clarice. Até hoje tive mais contato com seus contos e artigos publicados no jornal, mas minha curiosidade em saber cada vez mais da autora vai além de frases de momento e trechos já batidos no facebook. Queria história, queria 100% de Modernismo em no mínimo 50 paginas. É então que pego: A hora da estrela.
   Conhecemos Macabéa, uma coitada. Podre em condição e espírito, humilde, sonsa, ignorante, etc. São tantos elogios a personagem que, ufa... (risos). Macabéa é tão insossa que o próprio narrador indiretamente Clarice se desculpa inúmeras vezes por estar compartilhando a história conosco.
   Macabéa com certeza desperta amor e ódio. Ora queremos sacudi-la, a ponto que a mesma reaja e perceba o que ocorre ao seu redor. Ora queremos mesmo é que sofra, para que pelo menos assim aprenda. Queria ajudá-la a encontrar seu caminho ou pelo menos uma direção, mas era inútil, Macabéa nasceu para isso: Sofrer.
   Acredito que cada um reage a uma maneira a obras dessa magnitude. Cada um retira uma mensagem e guarda para si, como um pedacinho de aprendizado. A minha interpretação de, A hora da estrela, é que se trata além de uma obra Modernista obviamente, uma obra de reflexão e desabafo. Não um desabafo direto a Sociedade, mas sim da própria Clarice. Ela se esconde atrás de um narrador homem, para que nós, leitores, não nós identifiquemos com seu momento, com seu intimo.
   Com um tapa na cara, Clarice apresenta uma personagem que existe em todos, com suas inseguranças, medos e tolices. Só que diferente de todos, Macabéa não tem vergonha do que é aquilo é ela, sem vírgulas ou mascaras. Verdadeira como é.

Dois trechos:

''Ela acreditava em anjo e, porque acreditava, eles existiam. '' pag 39

''As coisas estavam de algum modo tão boas que podiam se tornar muito ruins, porque o que amadurece plenamente pode apodrecer.'' pag 17


 TRAILER DO FILME:





RECOMENDO!
Leitura de apenas um dia. Vale a pena (:

NOTA: * * * *

RESENHA: A ÚLTIMA CARTA DE AMOR

  Vou começar a resenha falando sobre o design gráfico desse livro. Ao observarmos a capa e toda a diagramação e detalhes contidos é meramente impossível não se encantar e soltar um leve e sutil: OOOWN *-*  hahaha.
   Não conhecia Jojo Moyes, então a escolha de leitura foi meio que um tiro no escuro. Com o tema nitidamente perceptível, romance, era quase que certeza que me apaixonasse pela história. E graças a deus não foi diferente.
   Nele conhecemos Ellie Haworth e Jennifer Stirling, ambas com histórias de vida parecidas, separadas por anos de diferença.
   É Ellie Haworth a primeira personagem a ser apresentada. Jornalista, independente e que possui um caso extraconjugal totalmente apaixonada por John. No desespero de conseguir se reerguer profissionalmente com alguma matéria jornalística inédita, encontra por acaso cartas de amor a muito tempo esquecidas no arquivo do jornal onde trabalha. É a partir daí que a história acontece.
   Jennifer Stirling é a protagonista dessas cartas, juntamente com seu tão apaixonado amante: B. Sim, Jenny é casada e também (igualmente a Ellie) viveu a experiência de um relacionamento extraconjugal. Digo 'viveu', pois isso ocorre na década passada em 1960, aproximadamente.
   Além de todo o romantismo, o grande ápice do livro esta no mistério. Mistério este para descobrirmos junto com Jennifer quem é seu amante. Pois logo na introdução Jenny sofre um acidente de carro, onde esquece tudo, absolutamente tudo. No decorrer da leitura alguns pequenos fragmentos do passado são apresentados. Tudo vai se encaixando aos poucos, sem pressa.
   Aviso que o começo foi bem difícil. A alternância de passado e presente acontece sem avisos e a narrativa é apresentada sob o ponto de vista de vários personagens, nos primeiros capítulos com certeza iram estranhar um pouco, mas depois que você se acostuma à coisa flui. E acredito que seja a partir desse momento que a história literalmente ANDA, e o avanço de páginas fica frenético (risos).
   Não me decepcionei com a leitura. Era na medida certa tudo aquilo que eu esperava. Posso dizer que diferente do que notei em algumas outras resenhas eu fui uma das poucas que não chorei (risos). O livro é digno de emoção, mas chorar não cheguei nem perto. É bem aquele conhecido livro que termino com um: own *-* ... Mas apenas isto!

'' Talvez isso lhe pareça fantasioso. Talvez você estivesse pensando no teatro, ou na crise econômica, ou em comprar cortinas novas. Mas de repente me dei conta, no meio daquela pequena cena de loucura, que ter alguém que nos entenda, que nos deseje, que nos veja como uma versão melhorada de nós mesmos é o presente mais incrível. Mesmo que não estejamos juntos, saber que, para você, eu sou este homem é uma fonte de vida para mim. ''

Recomendo para todos, mas principalmente para os românticos incorrigíveis.

NOTA: * * * *