RESENHA: MEMÓRIAS PÓSTUMAS DE BRÁS CUBAS

   Seguindo a linha de clássicos, bora comentar sobre o livro de leitura obrigatória para todos os brasileiros.
   A primeira vez que tentei ler as memórias póstumas, fracassei. Isso ocorreu no Ensino Médio e decididamente ler por obrigação não é o que mais me agrada. Não entendia a linguagem do autor, as criticas a sociedade e muito menos as ironias, o livro funcionava como um sonífero, pois era ler um parágrafo já dormia (risos). Um livro acima das minhas possibilidades literárias na época.
   Contudo, hoje percebo como minha base de leitura cresceu. Não que Machado seja de algum modo difícil de entender, pelo contrario, ele é fantástico. Hoje noto a grandiosidade da obra e consigo admirá-la, lógico, a minha maneira, mas verdadeiramente e de bom grado.
   Conhecemos Brás Cubas, um defunto autor. Cubas apresenta sua história de vida e morte com um ar pessimista, através de ironia e muito sarcasmo. A história começa pelo fim, pois fato é: Brás Cubas morreu. Mas o que se torna interessante ao leitor não é a morte em si, mas sim a vida que esse personagem levou. Ele não foi o exemplo a ser seguindo e por vezes Brás Cubas joga essa realidade para o leitor, o alertando sempre de seus maus hábitos e costumes. A meu ver, ele foi um homem de muitas mulheres, mas de uma mulher só. Confuso?! É exatamente essa sensação que Machado nós desperta.
  Com capítulos pequenos e em primeira pessoa, conhecemos o personagem principal e nos tornamos personagens também, afinal de contas a todo o momento somos convidados a participar da história. Machado chama o leitor à ação, dá dicas e até avisa o momento de respirar fundo e dar um tempo na leitura.
  Tirei bom proveito do livro e espero que vocês consigam ter a mesma experiência. Fica a dica de leitura obrigatória da Fuvest e principalmente, obrigatória para todos que levam consigo, cravados na identidade a nacionalidade: Brasileiro (a).

''Esta é a grande vantagem da morte, que, se não deixa boca para rir, também não deixa olhos para chorar. ''

 O livro possui uma adaptação muito bem feita e atual.
 Trailer: 



NOTA:  * * * *


CRÔNICA: DATE A GIRL WHO READS



  Namore uma garota que gasta seu dinheiro em livros, em vez de roupas. Ela também tem problemas com o espaço do armário, mas é só porque tem livros demais. Namore uma garota que tem uma lista de livros que quer ler e que possui seu cartão de biblioteca desde os doze anos.

   Encontre uma garota que lê. Você sabe que ela lê porque ela sempre vai ter um livro não lido na bolsa. Ela é aquela que olha amorosamente para as prateleiras da livraria, a única que surta (ainda que em silêncio) quando encontra o livro que quer. Você está vendo uma garota estranha cheirar as páginas de um livro antigo em um sebo? Essa é a leitora. Nunca resiste a cheirar as páginas, especialmente quando ficaram amarelas.

   Ela é a garota que lê enquanto espera em um Café na rua. Se você espiar sua xícara, verá que a espuma do leite ainda flutua por sobre a bebida, porque ela está absorta. Perdida em um mundo criado pelo autor.      Sente-se. Se quiser ela pode vê-lo de relance, porque a maior parte das garotas que lêem não gosta de ser interrompida. Pergunte se ela está gostando do livro.

   Compre para ela outra xícara de café.
   Diga o que realmente pensa sobre o Murakami. Descubra se ela foi além do primeiro capítulo da Irmandade. Entenda que, se ela diz que compreendeu o Ulisses de James Joyce, é só para parecer inteligente. Pergunte se ela gostaria de ser a Alice.

   É fácil namorar uma garota que lê. Ofereça livros no aniversário dela, no Natal e em comemorações de namoro. Ofereça o dom das palavras na poesia, na música. Ofereça Neruda, Sexton Pound, E. E. Cummings. Deixe que ela saiba que você entende que as palavras são amor. Entenda que ela sabe a diferença entre os livros e a realidade, mas, juro por Deus, ela vai tentar fazer com que a vida se pareça um pouco como seu livro favorito. E se ela conseguir não será por sua causa.

   É que ela tem que arriscar, de alguma forma.
   Trate de desiludi-la. Porque uma garota que lê sabe que o fracasso leva sempre ao clímax. Essas garotas sabem que todas as coisas chegam ao fim. E que sempre se pode escrever uma continuação. E que você pode começar outra vez e de novo, e continuar a ser o herói. E que na vida é preciso haver um vilão ou dois.

   Por que ter medo de tudo o que você não é? As garotas que lêem sabem que as pessoas, tal como as personagens, evoluem.

   Se você encontrar uma garota que leia, é melhor mantê-la por perto. Quando encontrá-la acordada às duas da manhã, chorando e apertando um livro contra o peito, prepare uma xícara de chá e abrace-a. Você pode perdê-la por um par de horas, mas ela sempre vai voltar para você. E falará como se as personagens do livro fossem reais – até porque, durante algum tempo, são mesmo.

   Você tem de se declarar a ela em um balão de ar quente. Ou durante um show de rock. Ou, casualmente, na próxima vez que ela estiver doente. Ou pelo Skype.

   Você vai sorrir tanto que acabará por se perguntar por que é que o seu coração ainda não explodiu e espalhou sangue por todo o peito. Vocês escreverão a história das suas vidas, terão crianças com nomes estranhos e gostos mais estranhos ainda. Ela vai apresentar os seus filhos ao Gato do Chapéu e a Aslam, talvez no mesmo dia. Vão atravessar juntos os invernos de suas velhices, e ela recitará Keats, num sussurro, enquanto você sacode a neve das botas.
   

  Namore uma garota que lê porque você merece. Merece uma garota que pode te dar a vida mais colorida que você puder imaginar. Se você só puder oferecer-lhe monotonia, horas requentadas e propostas meia-boca, então estará melhor sozinho. Mas se quiser o mundo, e outros mundos além, namore uma garota que lê.

Ou, melhor ainda, namore uma garota que escreve.


essa é a versão original em inglês: DATE A GIRL WHO READS

RESENHA: SENTIMENTO DO MUNDO



"Tenho apenas duas mãos e o sentimento do mundo"...

 Com esse verso lindo que começo a resenha: Sentimento do mundo.
 Terminei a obra de Carlos Drummond semana passada e cheguei a cogitar a idéia de não realizar uma resenha, afinal de contas é um livro de poesias e como todos sabem a poesia é representada a cada um a sua maneira. Algo muito pessoal. Apesar disso, analisei e mudei de posicionamento, não comentarei diretamente sobre os poemas, mas sim, sobre o momento histórico no qual o livro foi escrito e os pontos principais e característicos de Drummond nesta obra.
 Confesso que tomei conhecimento da obra através da lista obrigatória da PUC e Fuvest. Estou aproveitando o mês de maio para ler e reler obras obrigatórias do vestibular me desejem sorte.
 Sentimento do Mundo contem várias poesias, todas relacionadas ao momento histórico da época. Livro elaborado durante a vigência do estado novo e os primeiros anos da 2º Guerra Mundial, com toda a problemática do Nazismo e Fascismo.
 Um período complicado no mundo inteiro, onde encontramos um poeta preocupado com as experiências coletivas, com o futuro da humanidade. Percebe-se que o universalismo exposto é uma real preocupação de Drummond.
 Notei nitidamente um sentimento de medo nos versos, mas do outro lado uma esperança enorme. Medo e esperança andam juntos. E parando para pensar, esses dois sentimentos precisam um do outro para se tornarem fortes, ambos coligados.
 Esse livro foi meu primeiro contato com Carlos Drummond. Gostei. Não sou fã de poesia, mas me tornei fã de Drummond (:

Segue um trecho de Os ombros suportam o mundo, meu poema predileto.

'' Chega um tempo em que não se diz mais: meu Deus.

Tempo de absoluta depuração.

Tempo em que não se diz mais: meu amor.

Porque o amor resultou inútil.

E os olhos não choram.

E as mãos tecem apenas o rude trabalho.

E o coração está seco. ''

 Com certeza não se trata de um livro de fácil interpretação, mas estando por dentro dos fatos da época e sendo um adorador de leitura, tudo fica mais fácil.


NOTA:  * * *

REDAÇÃO: HOMOFOBIA ENRAIZADA

Minha vida se divide entre o corrido último semestre de técnico em Marketing, aulas de Corel Draw, cursinho pré-vestibular e livros. Mas de tudo isso o que realmente sinto prazer em fazer é escrever e ler. Diante disso resolvi compartilhar minhas redações do cursinho, todas já revisadas e acompanhadas por meu Professor Eduardo de Literatura, formado e Pos Graduado na USP. Com tal currículo a exigência é que elaboremos Redações Dissertativas no formado Fuvest. Compartilho apenas pelo ato de amar o que faço: Escrever.

TEMA: União Homoafetiva.

Homofobia enraizada

  A união homoafetiva não é exclusividade apenas da nossa geração, pois a relação homossexual é antiga. Desde anos a.C na Roma Antiga já existia o relacionamento entre seres do mesmo sexo.
  Notamos como o conceito de junção do mesmo sexo é enraizado em nossas cabeças desde cedo. Mesmo quando crianças, ainda construindo nossa personalidade somos isolados de assuntos tabu como: Sexo e relacionamentos gay. A partir dai crescemos com uma opinião embutida e de difícil alteração.
 Como nosso então Deputado Federal Jean Wyllys já citou: ''Mas a nossa hora é essa! Não há ameaça que nos assuste nem nos detenha. Queremos cidadania plena: os mesmos direitos com os mesmos nomes''. Seguindo o raciocínio de que todos, sejam héteros ou homossexuais pagam impostos e possuem os mesmos deveres como cidadãos é de nítida clareza que todos deveriam possuir os mesmos direitos perante a sociedade.
  O movimento gay não exige que o casamento religioso seja liberado, mas sim o civil. Querem os mesmos direitos que casais héteros possuem com a celebração do casamento, tais como: Convênio medico, herança e todos os demais direitos de nossa Constituição.
  Com tudo, a falta de informação e base torna nossa sociedade homofobica e desatualizada. Conclui-se que a relação homoafetiva deve-se além de ser legalizada também respeitada.

Nota mínima: 0
Nota máxima: 10
Minha nota: 8,5

RESENHA: AS VANTAGENS DE SER INVISÍVEL

  Muito se comentou no começo de 2013 sobre o livro As vantagens de ser Invisível, após a tão esperada adaptação cinematográfica. Terminei o livro Quinta-feira e assisti ao filme hoje Dia das mães, isso mesmo bela filha desnaturada kk e ainda encontro-me em êxtase. Segue mais uma resenha de um das MELHORES LEITURAS DO ANO!
  Conhecemos Charlie, um adolescente com vários conflitos internos e questionamentos que assim como todos que já passamos por essa fase, temos o dever de superar. Difícil isso de 'dever de superar’, mas é a realidade, todos passam por isso. Conhecemos Charlie e sua vida por meio de cartas que ele mesmo escreve para uma suposta pessoa que não sabemos quem é. Charlie encontra-se sem amigos e contando os dias para sair do Ensino Médio, até que duas pessoas MARAVILHORAS surgem em seu caminho: Seus novos amigos, Sam e Patrick. E são realmente maravilhosos, pois eles trazem cor à vida de Charlie e conseguem enxergar as qualidades dele, que até então eram invisíveis à maioria das pessoas.
  A narrativa é ótima. Tudo flui tão natural que a partir do momento que as coisas começam a se encaixar e os mistérios passam a ser desvendados eu percebi que estava acabando e isso foi horrível (risos), pois a história não poderia acabar. Tudo aquilo deveria ser Infinito *-*
  Sem dúvidas amei os personagens, as conversas, conflitos, pensamentos... tudo. O filme consegue ser tão prazeroso quê o livro e me emocionei em ambos. Chorei. Uma história que de tão simples, chega a ser tocante.

'' Acho que, se um dia eu tiver filhos e eles ficarem perturbados, não vou dizer a eles que as pessoas passam fome na China nem nada assim, porque isso não mudaria o fato de que eles estão transtornados. E mesmo que alguém esteja muito pior, isso não muda em nada o fato de que você tem o que você tem. É bom e mau''

Trailer do filme:


  O filme conta com atores experientes em adaptações literárias: Emma Watson (Harry Potter), Logan Lerman (Percy Jackson e os Olimpianos) e Ezra Miller (Precisamos falar sobre o Kevin), Nina Dobrev (The Vampire Diaries). E eu sou apaixonada pelos quatro, logico rss!

Uma das melhores leituras de 2013. Recomendo MUITO!

NOTA:  * * * * *

RESENHA: HARRY POTTER E O CÁLICE DE FOGO


HARRY POTTER E A PEDRA FILOSOFAL



Continuo seguindo minha caminhada no mágico mundo de Harry Potter, e mais uma vez não me decepcionei \o/.
  Partindo do principio que estou com 80% do tempo livre para ler e tentar pelo menos diminuir a lista de livros em espera, O Cálice de Fogo foi uma leitura rápida.
  Chorei, chorei e chorei. No quarto livro da série conhecemos o lado negro da magia, pois particularmente até o momento eu estava amando esse mundo e praticamente arrumando minhas malas para Hogwarts (risos). Mas não, depois de o Cálice de Fogo é melhor pensar duas vezes. Harry e seus amigos se deparam com situações inusitadas e muito mistério, mistério este que estará presente o tal lado negro que comentei.
  Apesar das 500 paginas o livro é viciante como todos da série e não obtive nenhuma dificuldade. Dentre os anteriores A Câmara Secreta foi o que 'arrastei' mais a leitura, porém mesmo assim passou longe de ser um livro ruim. Bem longe.
  Conhecemos tantas coisas, como: As maldições imperdoáveis, F.A.L.E e o Torneio Tribruxo. Eu mesma fiquei %$#@ ao perceber como a edição cinematográfica cortou trechos interessantes do livro, tais como personagens, falas e simplesmente ignorou acontecimentos que no mínimo consumiram 2 capítulos. #REVOLTADA
   JK Rowling vai amadurecendo a história aos poucos, passando da fase infantil para adolescente. Harry, assim como seus leitores já não é mais criança e precisa seguir rumo à maturidade. Achei magnífica a maneira como Rowling deu esse passo com sutileza, sem pressa. Uma mudança quase que imperceptível, mas está lá, presente.
  E destaque para as primeiras crises de ciúmes de Rony e Mione (risos). O amor esta no ar, rss. É nítido como ambos já estão apegados um ao outro e como a partir de uma amizade sincera nascerá um amor puro. Amei *-*

“Embora venhamos de lugares diferentes e falemos línguas diferentes. Nossos corações batem como um só.”

- Alvo Dumbledore

Ps: Só quem leu O Cálice de Fogo conhece o F.A.L.E
NOTA: * * * * *