A primeira vez que
tentei ler as memórias póstumas, fracassei. Isso ocorreu no Ensino Médio e
decididamente ler por obrigação não é o que mais me agrada. Não entendia a
linguagem do autor, as criticas a sociedade e muito menos as ironias, o livro
funcionava como um sonífero, pois era ler um parágrafo já dormia (risos). Um
livro acima das minhas possibilidades literárias na época.
Contudo, hoje percebo
como minha base de leitura cresceu. Não que Machado seja de algum modo difícil
de entender, pelo contrario, ele é fantástico. Hoje noto a grandiosidade da
obra e consigo admirá-la, lógico, a minha maneira, mas verdadeiramente e de bom
grado.
Conhecemos Brás
Cubas, um defunto autor. Cubas apresenta sua história de vida e morte com um ar
pessimista, através de ironia e muito sarcasmo. A história começa pelo fim,
pois fato é: Brás Cubas morreu. Mas o que se torna interessante ao leitor não é
a morte em si, mas sim a vida que esse personagem levou. Ele não foi o exemplo
a ser seguindo e por vezes Brás Cubas joga essa realidade para o leitor, o
alertando sempre de seus maus hábitos e costumes. A meu ver, ele foi um homem
de muitas mulheres, mas de uma mulher só. Confuso?! É exatamente essa sensação
que Machado nós desperta.
Com capítulos
pequenos e em primeira pessoa, conhecemos o personagem principal e nos tornamos
personagens também, afinal de contas a todo o momento somos convidados a
participar da história. Machado chama o leitor à ação, dá dicas e até avisa o
momento de respirar fundo e dar um tempo na leitura.
Tirei bom proveito do
livro e espero que vocês consigam ter a mesma experiência. Fica a dica de
leitura obrigatória da Fuvest e principalmente, obrigatória para todos que
levam consigo, cravados na identidade a nacionalidade: Brasileiro (a).
''Esta é a grande vantagem da morte, que, se não deixa boca
para rir, também não deixa olhos para chorar. ''
O livro possui uma adaptação muito bem feita e atual.
Trailer:
NOTA: * * * *
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