RESENHA: A MORTE E A MORTE DE QUINCAS BERRO D'ÁGUA

  Entre os botequins da Bahia viveu Quincas Berro D'água, homem de muitas mortes. Antes da vida boêmia a qual vivia, regada a noites sem fim, era Joaquim Soares da Cunha. Homem respeitado, pai de família, porém a morte de Joaquim é apenas a primeira, de muitas a seguir.
  Jorge Amado nos apresenta, talvez, a real face do brasileiro, que luta e trabalha, não para se auto satisfazer, mas sim, honrar com seu compromisso como provedor de renda, exemplo a seus filhos e respeitado pela sociedade. E é na obra A morte a morte de Quincas Berro D'água, que notamos essa vertente, pois, enfrentar a morte é um desafio e enfrenta-la três vezes é ainda maior.

   O apelo da leitura não esta em questões póstumas, mas sim, em criticas indiretas a instituição familiar, o senso comum e a visão da sociedade.
  Joaquim Soares da Cunha ou Quincas Berro D'água como queira chamar, morre aos poucos, e a cada morte um elo é rompido. A cada morte um pedaço de Joaquim/Quincas é estilhaçado.

   A obra de divide em três momentos, como mencionei no começo da resenha. Contudo, não comentarei sobre essas divisões. Pois, assim como nossa principal obra realista, As memórias póstumas de Brás Cubas, a história apresentada por Jorge Amado, também possui o apelo de passado, com esclarecimentos e possíveis arrependimentos. Entretanto, diferente de Machado, Jorge lança uma proposta modernista, com características e espaço totalmente brasileiros, além do bom humor.

O leitor repensara os motivos de valorizar tanto a questão do ''ter ao invés do ser''.
 “– Me enterro como entender / na hora que resolver. / Podem guardar seu caixão / pra melhor ocasião. /Não vou deixar me prender / em cova rasa no chão”.

 Terminará a leitura com um gostinho de Bahia (:

NOTA:  *  *  *

RESENHA: COMO (QUASE) NAMOREI ROBERT PATTINSON

'' Fiquei dois meses sem comer Kinder Ovo e, por causa disso, não consegui a surpresinha em miniatura que faltava na minha coleção. Seja razoável e não me julgue para uma vida inteira.''

  Não, não se trata de um livro com apelo twilight.
  Tem sim, suas partes de mimimi e muita aversão pela protagonista, e um triangulo amoroso bem do indeciso, MAS, não é Crepúsculo rss.
  Poxa, sofri bullying por ler esse livro hahaha. Desde a Bienal de 2012 sonhava com essa aquisição. Eram só elogios a Carol Sabar, e a minha curiosidade só aumentava. Bem, depois de um ano na estante, finalmente, peguei para ler, e nossa, adorei!
  Duda, sua irmã e mais duas amigas estão com as malas prontas para o intercambio dos sonhos. Do Rio de Janeiro a Nova York, com expectativas lá nas alturas e um desejo secreto: trombar com Robert Pattinson em alguma esquina. Duda, assim como suas amigas vai para estudar, mas seu lado crepuscólica não a abandona.
  A vida da protagonista não gira em torno apenas de Edward Cullen, ela faz amizades, inimizades, se mete em algumas tretas, e ooown, se apaixona, e é a partir daí que entramos na 'síndrome de Bella Swan' sim, isso existe rss, caracteriza-se pelo pânico em ficar longe da pessoa amada. Grande pré-disposição em se envolver em triângulos amorosos. Virgem. Se auto avalia como o patinho feio da família e possui o dom de não enxergar o obvio e fantasiar o improvável. Pronto, resumi Eduarda x Bella em poucas palavras. Deu para entender? hahaha. Ok, Duda não bate o recorde de chatice como Bella, mas tem tudo pra isso, quem sabe com mais três livros pela frente ela não chega aos pés de Bella ?!.
  Sim, Duda me irritou. Mas graças a Deus, uma história não se faz com apenas um personagem, e os secundários superam as expectativas e conseguem tirar o melhor de Duda: seu senso de humor e sua incrível cara de lata. Forma-se assim um livro bem humorado e nada pretensioso.

 Não pude deixar de observar um Chick lit com inúmeras características de Marian Keyes, desde a capa até a forma como a Carol nos apresentou página a página os pensamentos (nada discretos) da Duda.

  Para todos os simpatizantes de um bom Chick lit, BRASILEIRO.

''Sou tão burra em se tratando de inglês... Queria tanto aprender por osmose... Preciso tanto... Futura jornalista, sabe como é.''
 
Ps: Preciso dizer: Consegui chorar com esse livro.

NOTA:  *  *  *  *